sexta-feira, 30 de julho de 2010

Se importa, quem se importa.

Quem se importa com uma resposta de uma criança? Ela ainda não sabe nada da vida.

Quem se atina para um questionamento de uma adolescente? É só o que ele sabe fazer. Não tem importância alguma.

Quem dá ouvidos a uma crítica de quem não viveu ainda muita coisa? Não há valor no pouco vivido, e sim nas muitas palavras de quem "muito" viveu, ainda que falsas.

Grande é tudo o que julgamos ser, assim como pequeno.

As vozes que normalmente fingimos não ouvir, estarão sempre nos ecos das casas, esquinas, ruas e por onde passarmos.

Quem tem ouvidos, ouça.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

A dor que fingimos não sentir.

Quem é a pessoa que, por mais maluca que seja, gosta de sentir dor? Talvez um masoquista, que encontre nela o expressar de suas mais íntimas fantasias.
Mas a meu ver, até esse personagem, busca em suas reações sanar dores mais profundas do que as que ele procura sentir.

Penso que de fato não é bom senti-la, porém tenho aprendido que fingir que não existe, não faz com que ela cesse. Talvez depois de algum tempo, chegue a adormecer, contudo no primeiro toque no lugar atingido a sensação será a mesma do início.

Nós como seres humanos, brasileiros (pois quero destacar minha nação), não gostamos de encarar a realidade como ela é. Preferimos definir as nossas vidas a partir das datas de comemoração e esquecer de todo o restante do ano que, exige de nós uma responsabilização e o lidar com coisas que nos incomodam.

Perdemos noites de sono pulando carnaval e participando de festinhas que fazemos questão de criar motivos para acontecer, mas não temos a mesma disposição para passar ao menos uma parte do dia pensando em como tratar as mazelas de nossa sociedade.

Não queremos lidar com o problema hoje, preferimos adiar até que ele esteja insuportável e sejamos esmagados por suas conseqüências desastrosas. Isso, tanto em âmbito individual, quanto em coletivo.

Precisamos aprender a tomar a dor como nossa aliada, para que através de sentida e analisada, seja encontrada a maneira de extirpá-la em sua origem, além de aprender com o processo de vivê-la.

Assim, aproveitaremos mais os caminhos e chegaremos mais maduros ao lugar que queremos chegar.

Obs. Isso se soubermos onde queremos chegar. Mas isso é outra história.