sexta-feira, 18 de junho de 2010

Vamos viver.

Esses últimos dias, uma música ficou ecoando em minha mente, me obrigando a refletir sobre o que ela poderia me ensinar e o que tem de verdade em sua composição.

A música tem por título "Vamos viver", cantada por Sandra de Sá, tornando o ato de ouvi-la algo ainda mais prazeroso e agradável.

Mas além de me fazer viajar em sua melodia e sonoridade, ela me confrontou com o fato de deixar bem claro como o amor é praticável e concreto. Que mais do que ver estrelas por onde passo, preciso enxergar o espinho cravado no pé de quem está do meu lado e me dispor a retirá-lo, ainda que no meu julgamento seu pé não esteja tão limpinho assim.

Ela não me disse nada de novo, mas me fez pensar como o que é antigo e de suma importância é ligeiramente esquecido e substituído pelo que é mais fácil e conveniente ao longo do tempo.

A paz mundial é um tema bem presente nas convenções sociais, mas na hora de promovê-la como parte de nossas vidas e olharmos as pessoas com cordialidade e empatia, ela logo se perde na neblina do nosso preconceito e hostilidade, nos colocando prontos a atacar quem ultrapassa o limite de aproximação que nos ameaça.

As enchentes e catástrofes nos levam a soluços quando tomamos conhecimento de suas manifestações, mas quando desligamos nossas TVs, não nos perguntamos como podemos ser úteis para as pessoas que sofreram tais coisas e, se a pergunta é feita, nos deparamos com respostas difíceis demais, que pensamos o quanto a nossa própria vida já é complicada ou que já temos problemas suficientes pra nos preocupar com os outros e pensar em tragedias.

Pensamos que o amor está no palpitar do coração, nas fortes emoções que sentimos que nos impulsiona a chorar ou saltar de alegria, mas não percebemos que ele se faz real quando nada é propício e ainda sim é exercido com toda força e dedicação, fazendo do benefício cedido o recebido.

A mim, cabe responder de maneira sincera e pronta ao que a canção me convida, estendendo esse convite aos que percebem que necessário é arregaçar as mangas e partir para o trabalho árduo, sabendo que ao final de tudo poderemos olhar para trás e dizer que valeu a pena viver.

"Vamos consertar o mundo, vamos começar lavando os pratos, nos ajudar uns aos outros, me deixa amarrar os teus sapatos, vamos acabar com a dor e arrumar os discos numa prateleira, vamos viver só de amor que o aluguel venceu na terça-feira... vamos viver só de amor..."



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