quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Ser louco, oque é?

O que é ser louco?
Ser louco é rasgar dinheiro ou fazer o impossível pra obter todo o dinheiro para si, ainda que seja às cústas da miséria alheia?
É andar nú por aí sem se importar com que os outros vão pensar ou se esconder por trás dos trajes mais modernos e sofisticados, onde estes determinam o seu ser a cada nova coleção?
Me diga, o que é ser louco?
É realmente acreditar que é Napoleão Bonaparte, quando se é apenas o joão ou sendo apenas o João se fazer de Napoleão pra se sentir dominante perante os outros?
É viver em um mundo paralelo sem a menor dúvida de que ele existe ou criar um para si opcionalmente, por não desejar ser confrontado em seus paradigmas e ceder espaço ao outro?
E aí, o que é ser louco?
É ouvir outras vozes além das "reais" ou estar tão entranhado em si, que nem mesmo as vozes mais cotidianas e comuns são escutadas?
É quebrar os objetos vistos pela frente em epsódios de surto ou ao longo da vida ser tão apegado a eles, os fazendo substitutos de indivíduos, superestimando seu valor em detrimento do valor humano?
Me diz então, o que é ser louco?
Você me diria: Ser louco é perder a razão, oras! É apresentar um comportamento absurdo, contrário ao bom senso, insensato, destituído de qualquer razoabilidade.
E ainda uma vez faço-lhe a mesma indagação: O que é ser louco?

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Neblina

Será que o sol se escondeu
Ou foi a noite quem resolveu
Ficar de pé e não deixar
Meus olhos enxergarem mais nada

O circo armou com cores negras
E o espetáculo quem fez
Fui eu sozinha sem som
Sem música e sem tom

Ai meu Deus!
Me mostra atrás dessas cortinas
Pela janela eu quero olhar
E ver que ainda é dia

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Se importa, quem se importa.

Quem se importa com uma resposta de uma criança? Ela ainda não sabe nada da vida.

Quem se atina para um questionamento de uma adolescente? É só o que ele sabe fazer. Não tem importância alguma.

Quem dá ouvidos a uma crítica de quem não viveu ainda muita coisa? Não há valor no pouco vivido, e sim nas muitas palavras de quem "muito" viveu, ainda que falsas.

Grande é tudo o que julgamos ser, assim como pequeno.

As vozes que normalmente fingimos não ouvir, estarão sempre nos ecos das casas, esquinas, ruas e por onde passarmos.

Quem tem ouvidos, ouça.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

A dor que fingimos não sentir.

Quem é a pessoa que, por mais maluca que seja, gosta de sentir dor? Talvez um masoquista, que encontre nela o expressar de suas mais íntimas fantasias.
Mas a meu ver, até esse personagem, busca em suas reações sanar dores mais profundas do que as que ele procura sentir.

Penso que de fato não é bom senti-la, porém tenho aprendido que fingir que não existe, não faz com que ela cesse. Talvez depois de algum tempo, chegue a adormecer, contudo no primeiro toque no lugar atingido a sensação será a mesma do início.

Nós como seres humanos, brasileiros (pois quero destacar minha nação), não gostamos de encarar a realidade como ela é. Preferimos definir as nossas vidas a partir das datas de comemoração e esquecer de todo o restante do ano que, exige de nós uma responsabilização e o lidar com coisas que nos incomodam.

Perdemos noites de sono pulando carnaval e participando de festinhas que fazemos questão de criar motivos para acontecer, mas não temos a mesma disposição para passar ao menos uma parte do dia pensando em como tratar as mazelas de nossa sociedade.

Não queremos lidar com o problema hoje, preferimos adiar até que ele esteja insuportável e sejamos esmagados por suas conseqüências desastrosas. Isso, tanto em âmbito individual, quanto em coletivo.

Precisamos aprender a tomar a dor como nossa aliada, para que através de sentida e analisada, seja encontrada a maneira de extirpá-la em sua origem, além de aprender com o processo de vivê-la.

Assim, aproveitaremos mais os caminhos e chegaremos mais maduros ao lugar que queremos chegar.

Obs. Isso se soubermos onde queremos chegar. Mas isso é outra história.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Parafraseando.

Ainda que eu fale inglês ou mandarim, se não tiver amor, serei como carburador de carro velho ou como as businas dos automóveis em Lima no Peru.

Ainda que eu prediga o futuro, desvende todos os mistérios a partir da ciência, tenha toda a informação que veicula nos meios de comunicação e possua uma fé que faça hoje o meu milagre chegar, se não tiver amor, nada serei.

Ainda que eu ganhe uma candidatura e torne real a distribuição de renda e erradique a seca no Nordeste, se não tiver amor, nada disso me valerá.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Vamos viver.

Esses últimos dias, uma música ficou ecoando em minha mente, me obrigando a refletir sobre o que ela poderia me ensinar e o que tem de verdade em sua composição.

A música tem por título "Vamos viver", cantada por Sandra de Sá, tornando o ato de ouvi-la algo ainda mais prazeroso e agradável.

Mas além de me fazer viajar em sua melodia e sonoridade, ela me confrontou com o fato de deixar bem claro como o amor é praticável e concreto. Que mais do que ver estrelas por onde passo, preciso enxergar o espinho cravado no pé de quem está do meu lado e me dispor a retirá-lo, ainda que no meu julgamento seu pé não esteja tão limpinho assim.

Ela não me disse nada de novo, mas me fez pensar como o que é antigo e de suma importância é ligeiramente esquecido e substituído pelo que é mais fácil e conveniente ao longo do tempo.

A paz mundial é um tema bem presente nas convenções sociais, mas na hora de promovê-la como parte de nossas vidas e olharmos as pessoas com cordialidade e empatia, ela logo se perde na neblina do nosso preconceito e hostilidade, nos colocando prontos a atacar quem ultrapassa o limite de aproximação que nos ameaça.

As enchentes e catástrofes nos levam a soluços quando tomamos conhecimento de suas manifestações, mas quando desligamos nossas TVs, não nos perguntamos como podemos ser úteis para as pessoas que sofreram tais coisas e, se a pergunta é feita, nos deparamos com respostas difíceis demais, que pensamos o quanto a nossa própria vida já é complicada ou que já temos problemas suficientes pra nos preocupar com os outros e pensar em tragedias.

Pensamos que o amor está no palpitar do coração, nas fortes emoções que sentimos que nos impulsiona a chorar ou saltar de alegria, mas não percebemos que ele se faz real quando nada é propício e ainda sim é exercido com toda força e dedicação, fazendo do benefício cedido o recebido.

A mim, cabe responder de maneira sincera e pronta ao que a canção me convida, estendendo esse convite aos que percebem que necessário é arregaçar as mangas e partir para o trabalho árduo, sabendo que ao final de tudo poderemos olhar para trás e dizer que valeu a pena viver.

"Vamos consertar o mundo, vamos começar lavando os pratos, nos ajudar uns aos outros, me deixa amarrar os teus sapatos, vamos acabar com a dor e arrumar os discos numa prateleira, vamos viver só de amor que o aluguel venceu na terça-feira... vamos viver só de amor..."